quinta-feira, 21 de julho de 2016

FANFIC: Nó no tempo.

    Na Edição Anterior...
Denise é atacada por Soninha e vai direto para o hospital.

     Desde que nasceu, Denise imaginava centenas de coisas sobrenaturais. Ela sempre pensou no tempo. O tempo não deveria existir, pois ele não é correto. Por que os dinossauros não continuam existindo? Por causa que o tempo não deixa. Ele não faz sentido. Ela era mais velha do que Carmem, mas era menor que ela na altura. O tempo não é lógico. Por isso, ela queria destruir ele para ver tido como era antes. Só não queria que o tempo parasse, é claro. Se ele parasse, ela não ia crescer. Anos depois, ela estava internada em um hospital querendo que o tempo parasse para ela não morrer. O problema era que o hospital era muito longe e ela precisava chegar em menos de uma hora. Quando chegou, faltava um minuto. Seu pai deu toda a carteira para sua filha fazer a cirurgia. Soninha reapareceu enquanto ela estava sozinha:

        - Oi. Você não escapou de mim, viu?- disse ela- Você foi esperta com o truque do alho, mas eu consegui entrar pela sua janela que nem protegida estava. Bom, eu sei que você tem pouco tempo. Então, vou te fazer um favor.
        Denise, imóvel e com muito medo, não deixou escapar a oportunidade.
        - Você vai me fazer ficar boa?
        - Não exatamente. Isso está além dos meus limites. Eu preciso desligar esse aparelho que te faz respirar, assim você não vai ter que viver sem nenhum amigo.
         Denise ficou na dúvida. Deixava sua irmã lhe fazer aquilo para se livrar do isolamento ou a impedia para ter uma vida tão...triste? Ela, sem saber o que fazer, imaginando o que sua irmã da imaginação poderia lhe fazer se ela recusasse, teve de aceitar. Soninha deu um sorriso e desligou o aparelho, fazendo um som que começou a rondar o hospital: PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII. Era o som que alertava a todos que a esperança não estava mais presente. Soninha, ao ver os médicos chegarem, sumiu no ar. Ela foi até a casa de Denise voando, e viu uma imagem de Denise a sua espera.
          - Tem certeza que vai ficar tudo bem?- perguntou Denise.
          - Os humanos são tão ingênuos, que chamam isto de morte. Não. É liberdade. Bom, não exatamente. Você vai chegar num lugar branco, cheio de nuvens. Então vai se ver caminhando em direção ao shopping. Recupere seu celular e poste tudo o que você acha sobre seus amigos. Sinta-se a vontade.
           - Espera, por que eu tenho quem fazer isso?- disse Denise.
           - Por quê você não fez seu papel correto no planeta. Então, este nó no tempo te fará sofrer eternamente para saber o que é viver sendo acusada de coisas que não fez. Pois você nunca entendeu corretamente o por que que seus amigos faziam aquilo. Não era o que você pensava- Denise estranhou toda a sabedoria de Soninha nesse assunto. Ela perguntou como ela sabia e a resposta lhe surpreendeu: Soninha não era Soninha. Era a Denise. A Denise que roubou seu celular. Agora, tudo estava claro- Entre neste portal. Ele te levará para aquele lugar que falei. Faça tudo o que eu disse, senão você se transformará em pequenos grãos de pó. Quando sentir uma força mágica dentro de você, é a sua magia que chegou. E você deverá se chamar de Soninha.
            Denise entrou no portal, e fez tudo o que ela disse. Ela estava sendo castigada pela coisa que mais odiou em toda a sua vida: O tempo.
FIM.

    

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